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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O RAP e nenhuma outra expressão cultural substitui a luta de classes


Não podemos negar a importância do RAP como uma, entre outras tantas, ferramenta de conscientização da juventude, porém o RAP e nenhuma outra expreção cultural substitui a luta de classes, ele por si só não é revolucionário ou sobrepuja a ação direta, o fazer parte de um movimento real.
Não podemos negar a importância do RAP como uma, entre outras tantas, ferramenta de conscientização da juventude, porém o RAP e nenhuma outra expreção cultural substitui a luta de classes, ele por si só não é revolucionário ou sobrepuja a ação direta, o fazer parte de um movimento real.
Este equivoco cometido tanto por personagens envolvidos diretamente no RAP e Hip Hop em geral, como por pessoas satélites deste movimento meramente cultural, ou ainda, dependendo do grupo ou MC, podemos considerar contra-cultural é o que gera mais alienação juvenil, contribuindo para os interesses da classe do lado de lá, melhor dizendo, é o que a burguesia quer, que a juventude pense que está fazendo algo político ao produzir e reproduzir o RAP, assim como os demais elementos do Hip Hop.

Apesar do rap ter sua origem nos guetos negros nos Estados Unidos e aqui no Brasil ter influenciado a juventude periférica, não podemos descartar o envolvimento direto da indústria fonográfica nas produções, mantendo a relação de consumo e mercado, para além disso, os grupos pró e cafetãs nos EUA e os pró-crimes do Brasil, será que se o rap, por si só fosse tudo isso que é atribuído a ele, tantos por cantores de rap como por ong e outros agentes que circulam a periferia do rap, ele seria usado para a coisificação da sexualidade feminina e ou a apologia do crime para beneficio próprio? Pois se ao menos fosse falado de expropriação, saque massivo a shopping e hipermercados, mas fazem apologia ao crime que o sistema quer que a população pobre cometa, mantendo o individualismo hegemônico da sociedade de classes.
Há algum tempo quero falar deste tema, mas só após ler uma entrevista do Dexter (Ex-509-E), publicada em  http://mtv.uol.com.br/musica/dexter-midia-quer-criar-movimentinho-paralelo-ao-rap que fui motivado a publicizar minhas indagações, que realçou-se com essas contradições do próprio Dexter, que se coloca como o ?revolucionário?.
Primeira contradição aperece na sua reclamação de que a mídia não divulga seu trabalho, pois ?não é interessante pra mídia divulgar um show do Racionais, do Dexter, ou de outros que seguem a mesma linha, a não ser que ela vá lucrar com isso.? Já que ele se coloca na posição radical, não cabe reclamar, contrariando a fala seguinte que afirma que o rap dele ?nunca apareceu e não é feito para aparecer na televisão?, o que apontamos que isso acontece por enquanto, mas assim que surgir oportunidade ela vai na TV, em qualquer programa, pelo cachê pago, assim como disse o Israel certa vez, MCs precisam sobreviver, como o Mvbill e o Alessandro Buzo tem sobrevividos na Rede Globo, é questão de convite do Faustão, onde até o GOG teve participação no programa dele, provando que, pelo menos os fazedores de rap tem um discurso vazio e evasivo.
Dexter é tão conhecido na favela quanto o Criolo Doido ou o Emicida, e Dexter é tão escutado quanto eles pela galera que ?cola? na Auguta. Todas as pessoas que tem Dexter no MP4 e ou notebook, tem Emicida e Criolo, assim como tem Racionais, Mvbill e tantos outros alienados pelo sistema que se possa comprar CD na Galeria 24 de Maio, ou seja, todos e todas que podem comprar aquelas camistas com nomes impronunciáveias pela maioria da população da periferia e que podem comprar aqueles tênis esquisitos a preços absurdamente caros nos box da galeria. Então, mais uma vez o Anjo Negro dá uma fora em sua entrevista.
Realmente o que está sendo vendido como Funk por aí nem se compara a qualidade das letras do rap, mas dizer que ?o funk é um atrativo? e o ?rap é cultura? ou ele não acompanhou o surgimento do hip hop ou ele quer mesmo fazer proselitismo de sua musica, pois todos e todas sabemos que tanto o rap como o funk tem a mesma origem e ambos são divertimento para quem consome e fonte de renda para uma minoria que o produz, digo minoria, porque o mercado, le-se o capitalismo, é bem seletivo, assim não é todo negro que canta rap vai poder estar na Rede Globo, esta é a realidade que ninguém encara. E o Anjo segue dizendo que os MCs de Funk querem dinheiro, mulheres etc, mas me falem qual rapper é diferente, pois é isso que vemos. Raramente se vê um MC negro com mulheres negras, sempre vemos eles abraçados com uma branca burguesa metida a rebelde.
Neste trecho da entrevista ele cai mais uma vez em contradição ao afirmar tudo o contrario que ele disse antes:
?Hoje, parceiros da minha geração que se engajaram no movimento, ocupam cadeiras importantíssimas dentro da sociedade. Temos o Rappin Hood na 105, o Max B.O no programa Manos e Minas, o Márcio Santos, representando =o hip hop na Secretaria da Cultura de São Paulo, então, quem entendeu a mensagem do rap se deu bem e está aí.?
Então, primeiro o Dexter diz que não cabe na mídia, que ele não quer dinheiro e os cambal e depois ele exalta quem foi bem sucedido pelo rap. O velho discurso do favelado negro que venceu na vida, o bem sucedido. Não há bem sucedido do lado de cá, nem garotos e garotas de sorte que sobe na vida, na verdade o capitalismo age de forma que alguns se deem bem, assim faz com que todos os demais acreditem no mito da ascensão social, mas não passam de mais uma ferramenta a serviço do capitalismo, ou seja, há cota dentro de todo o sistema, assim não há favelado ou negro bem sucedido, que esteja contrariando as estatísticas como gostam de propagar por aí, o que há é negros e favelados fazendo parte das estatísticas minuciosamente planejada pelos pensadores do capital e tao envolvido quanto qualquer burguês pelo pensamento capitalista, ou seja, almejando todos os privilégios que Dexter deixa de citar e mais ainda, carro, mulheres, de preferencia branca, etc.
O mais interessante de tudo, o subtítulo onde foi tirado o trecho transcrito acima é ?luta política?, bem o ?militante do movimento revolucionário? fala que a luta de seu movimento é atingir algumas cadeiras importantes, como as citação do próprio transcrita.
Vamos abrir pro debate, pelo conheço dos militantes desse pseudo-movimento, se eu continuar, posso até ser acusado de anti-favela e racista, mas por eles não saberem minha origem racial e onde eu habito até hoje.

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By ThiagoMestre

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